sábado, novembro 27, 2010

Keep Surfing

Hoje foi um dia perfeito, apesar do contratempo inesperado ocorrido à meia-noite, quando furou um pneu do carro - foi necessário comprar um novo bem cedo pela manhã - e a partida atrasou um pouco. A estrada estava tranquila, sem o movimento de manada que caracteriza o verāo. Ao chegar na paradisíaca Praia do Rosa no início da tarde fui brindado com um dia de gala, com temperatura amena, céu de brigadeiro e sem vento.

Desci o morro para surfar, e o mar também estava perfeito, água quente e cristalina, ondas pequenas, ideal para o primeiro banho da temporada. Mas a grande surpresa ainda estava por vir. O carinho da recepçāo da natureza incluiu a perfeição do surf. Bastava caminhar um pouco em águas rasas, furar 3 ou 4 ondas sem grande esforço para chegar a um banco de areia onde era possível esperar com água pela cintura, sem marolas, por ondas de até 1,20m. Com um pequeno impulso era possível pegar uma bela e rápida onda, que se repetiu à exaustão, até o final da tarde.

Obrigado natureza por essa bençāo!

sábado, setembro 05, 2009

Bonus Track Amizade

Dois anos sem blogar, então escolhi um tema ligado à passagem do tempo. O portuga Teo, meu amigo de infância, que há dezoito anos retornou à terrinha, é um cara metódico e nos visita de três em três anos. A cada reencontro surpreende o tempo emocional congelado, pois o último parece ter sido há apenas três semanas.

Depois de um mês de convivência e tantos programas agradáveis chegou a hora da sétima despedida no Salgado Filho. Outros amigos também estavam lá, ele partiu, tomamos café, mas ao sair do aeroporto topei no saguão com Teo e sua família, que deveria estar no avião, mas que devido a um imprevisto perdeu o vôo e ficaria mais 24 horas em Porto Alegre. O stress do momento merecia privacidade, e me despedi outra vez, aguardando um eventual contato.

Não achei o ticket do estacionamento, retornei ao meu carro onde ele estava, e fui fazer o pagamento. Depois, ao lado do meu carro, encontrei mais uma vez o Teo cheio de malas e parentes, mas sem espaço na caminhonete do cunhado. Resultado, sacamos esta foto e dei uma carona providencial ao meu camarada para a casa de sua sogra, a carinhosa Dona Leda, que ficou feliz pela convivência com a filha e a neta resultante do imprevisto.

As mulheres foram aproveitar suas companhias, então eu e meu amigo fizemos mais um passeio na agradável tarde do sábado passado, clima de verão perfeito em pleno inverno gaúcho, circulando por Berlin-Bomfim e pelo Central Park-Redenção. Daí pensei no bonus track amizade, não apenas nesta tarde extra de convivência, mas em todos momentos deste vínculo cultivado há 30 anos.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Fome de ler

Este post é em homenagem à minha amiga Sheila, que tem me incentivado a blogar mais, - pobre BlogSky++, aindou abandonado. Ela me citou mais de uma vez: "Tens que ter disciplina". Eu disse isto uma vez para ela, a respeito do mesmo tema, mas falando do blog dela. Então ela me colocou contra a parede: "porque tu não escreves?" Aqui está, literalmente, ou blogamente, a resposta, uma questão de disciplina.

Fome de ler fala da abundância de publicações e de conteúdo hoje disponíveis. Nem falo de conteúdo online. Falo de conteúdo impresso. Revistas à venda, revistas promocionais, revistas com distribuição gratuita. É fácil formar uma pilha de revistas, pegue uma no avião, duas grátis da padaria, receba outra de uma empresa conhecida, compre apenas uma na banca. Quer aumentar a altura? Compre alguns livros que te interessam.

Difícil mesmo é ler tudo!

Não tem como. Na sociedade da informação, tanto faz para a palavra virtual ou impressa: é necessário separar o joio do trigo, qualificar e selecionar a informação, achar fontes verdadeiras, fugir das repetições ad nauseum.

A inspiração deste post veio quando vi uma pilha de revistas como elemento decorativo em uma agência. Um metro de revistas lidas ou não transformadas num móvel agradável. E se eu quisesse ler a revista de baixo da pilha?

Boa leitura.

terça-feira, abril 10, 2007

F1m da F1?

O que aconteceu com a F1?

Eu assisto às corridas da F1 desde que me lembro por gente. Quando o Emerson Fittipaldi foi campeao eu já era fã...

Sempre fui Piquetista. O Piquet tem um Fusca turbo. Ele saia das corridas mais cedo (depois de vence-las) para curtir a vida na casa dele em Mônaco... Grande heroi! :-)




Quando o Senna morreu, eu estava assistindo a corrida, como de costume. Mas a morte do Senna não levou apenas um idolo. Levou a categoria junto. Nem o Rubinho conseguiu ser um piloto a altura da tradicao brasileira, tampouco as corridas trouxeram emoções. Mesmo assim, cada ano eu tento assistir a uma ou duas corridas. Desde lá, inventaram algumas regras esdrúxulas:

- O carro só pode ser reabastecido em dias ímparem com Lua Cheia visível.
- Pilotos canhotos só podem trocar de pneus do lado direito.
- O motor só pode ser trocado em conjunto com a substitução de um mecânico da equipe.
- Ultrapassagens pela direita são permitidas na corrida, mas o piloto leva uma multa de transito assim mesmo.

Nenhuma delas resultou em retorno de competitividade. Ocorreram duas fases:
1. O Schumacher ganhava todas as corridas.
2. O Schumacher se aposentou.

Os carros das grandes equipes são 100% iguais. A eletrônica elimina o fator "braço" do piloto. Os motores são de marschmellow, precisam ser trocados a cada corrida (2 numa das regras esquecidas acima). Se o carro apenas derrapa em uma curva, fica totalmente desbalanceado. Os pneus devem ser trocados 7 vezes por corrida pois sao de papelão.

Fala sério! Madruguei neste ultimo sábado, por uma boa razão. A corrida iniciou às 4 da manhã e o Massa conquistou a Pole Position. O Massa tem tudo para ser o que Rubinho não foi. Mas a F1 já acabou.

A corrida comecou emocionante. Massa largou mal e perdeu 2 posições. Precisava urgentemente ultrapassar o Hamilton para que o Alonso nao disparasse. Por 5 voltas eu acreditei que a emoção havia voltado! Até gritei: "Vai!". E o Massa foi, e derrapou! Saiu na brita, o carro não estragou, mas a corrida sim... O Massa perdeu 2 posicoes, ficou em quinto e as posições nao mudaram mais.

O Ataque que ele fez, ao antigo estilo, nao serve mais. Os carros são de patê de fígado, se desmancham com uma tentativa de ultrapassagem. A morte da F1 foi sentenciada pelo exagerado-mor Galvão Bueno (que certamente gostaria de um mínimo de emoção):

"Até parece um ataque de antigamente!"

Depois o Galvão e o Reginaldo Leme concordaram que os carros de hoje não servem mais para isto. Servem para o que então? Não deveria ser a categoria mais competitiva? Eles fizeram umas contas, do tipo: o Massa vai parar 3 vezes, na 37a volta e na 51a. Ele vai passar o Hamilton nos boxes se a equipe colocar mais gasolina. Ele vai trocar os pneus de Papel pelos de Plástico-bolha, é uma estratégia boa da Ferrari. Porra! Fazer este tipo de conta é uma especie de masturbação frente às verdadeira emoções hoje retiradas da corrida.

No domingo à tarde eu assisti pela TV a Formula Truck (de caminhões), etapa gauchíssima em Tarumã. Foi 100 vezes mais emocionante!!

A F1 está morta!

sábado, novembro 04, 2006

O ladrão de bananas

No último final de semana, Election Day, fui almoçar na praça de alimentação do Bourbon Shopping aqui perto. Mais pela conveniência, pois é a opção mais próxima para variar o almoço nos dias de trabalho, bem como perto de casa, ou seja, nada de novo no front.

Além do McDonald's, a praça tem restaurantes com um perfil parecido. Oferecem um buffet à quilo com preço máximo, acima do qual o preço é franqueado e tu podes te entupir de comida com um custo fixo. Nos restaurantes mais caros a franquia é de 14 ou 16 reais. Nos outros pode começar desde 11 reais.

Estava almoçando quando reparei num senhor bem aparentado, magro, com uma quantidade errada de comida. A minha primeira impressão foi "como assim uma bandeja de comida?". Aparentando uns 55 anos de idade, cabelos brancos bem penteados, cavanhaque bem desenhado, camiseta e calção azuis claros bem passadas. E com uma bandeja de comida à sua frente. Ele era magro. Um pratão de comida quente, um outro de saladas (tudomisturadomesmo emambosospratos - gostosmisturados). E para completar, uma banana e dois pãezinhos na bandeja.

Estava comendo a minha comida há algum tempo, reparando nos detalhes. Ele comprou uma Coca-cola de 2 litros no supermercado. A mesa era grande. Um jovem comprou uma lata no restaurante e conseguiu alguns copos extra de plástico. Ele serviu da garrafa de 2 litros as outra pessoas. Logo chegou sua esposa, também magra com mais uma bandeja de comida! Ali estava um bifão de frango, que foi prontamente enrolado em um guardanapo e colocado sorrateiramente na sacola de plástico, que foi em seguida colocada sobre a cadeira ao seu lado!

Então era isto! Ele queria economizar na comida! Em seguida, colocou sua banana, e a banana da bandeja da esposa na sacola, cuidando para ver se estava sendo observado. E logo se foram os pãezinhos também. Ele remava na bandeja, e eu já tinha terminado de tomar o meu café. Queria saber se ele ia despejar aquele restão de comida nos dois pratos na sacola. Daí eles poderiam jantar o frango misturado com o guardanapo, as bananas e os pães, tudo com o gosto da sacola do Zaffari. Não descobri se a salada foi junto. Minha namorada não estava entendendo porque eu não queria ir embora...

Já discuti este assunto com 2 pessoas. Não era uma questão de dinheiro. Estava bem vestido. Gastou uns 30 reais nas duas bandejas de dinheiro. Poderia ter gasto metade disto num frango assado e um quilo de arroz ali mesmo no supermercado, ou bem menos se cozinhasse em casa. Poderia ter ido num restaurante mais barato, existem outros buffets mais baratos que abrem aos domingos.

Ele estava envergonhado do que estava fazendo, pois colocou a comida sorrateiramente na sacola. A regra é, coma o que puderes, mas não é para levar o jantar para casa pelo mesmo preço (e muito menos comida para a semana inteira).

O meu corolário é: mais uma manifestação do infame "jeitinho brasileiro". Um ladrão de bananas. Queria tirar vantagem do buffet! Roubou 2 bananas (50 centavos?), 3 ou 4 pãezinhos (1 real?) e um bife de frango (3 reais?). Pode parecer exagerado, mas é o mesmo tipo de comportamento que vai numa escalada de corrupção até os mais altos escalões nacionais. Você mesmo faz isto, leitor! Vai me dizer que nunca furou um sinal vermelho? Nunca furou uma fila? Não é brasileiro? Braaaa-siiil!!! (trilha sonora de vitória do Airton Senna).

segunda-feira, setembro 04, 2006

O Termostato da Geladeira




Eu conheço uma pessoa, cujo nome não declinarei aqui, que mantém o termostato da geladeira num nível baixo, o número "3", com raras exceções.

Pois bem, em recente viagem, comprei por uma barbadinha (11 dólares no total) uma mini-balança, um termômetro de forno e, tchan-tchan, um termômetro de geladeira.

Este post será bem curto. Meu termostato está sempre no máximo, o número "7". Coloquei o termômetro há uma semana, quando estava 30 graus do lado de fora. Ele logo passou a marcar de 3 a 4 graus Celsius, na faixa onde diz "food". Hoje está Zero grau lá fora. O termostato continua no "7". A geladeira continua na mesma temperatura.

Conclusão óbvia, o termostato executa a sua função - regula a temperatura dentro de um limite máximo e mínimo que não varia com a temperatura exterior. O que muda? O quanto o motor funciona, dependendo da temperatura-alvo e da temperatura de fora.

O termostato "3" só faz a comida estragar mais rápido.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Faxineira Fascinante




Em homenagem a uma bela e divertida surpresa que tive hoje ao chegar em casa! =P

O tom da letra não reflete a eficiência da faxineira homenageada, mas enfim, é uma bela música, para quem não conhece a música, vale a pena ouvir.

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"Faxineira" - Nei Lisboa

Faxineira, fascinante
Onde guardaste o papel
Que eu deixei na estante anteontem

É importante
É o telefone que o Mutuca me passou
De uma garota de Brasília
Filha única de um governador

Faxineira, fascinante
Eu passei a tarde inteira
Procurando uma palheta
Tava dentro da gaveta
E a gaveta dentro do congelador
E o pior é que a geladeira
Tava dentro da banheira
E a banheira no meio do corredor

Faxineira, fascinante
Como pode ser assim
Num instante fascinante
De repente tão ruim
Faxineira

Diz que vem na terça-feira
Eu digo ãhan
Era clean, virou sujeira
Me aparece no domingo de manhã